terça-feira, 15 de março de 2016

Dar as razões da fé




A filosofia nos explica que o homem é um ser racional e também um ser religioso. O homem é um ser complexo e inquestionavelmente superior a qualquer outro ser deste planeta pois é o único que o pode transformar o ambiente por meio do seu trabalho, o único que pode transcender essa realidade e questionar o que está por trás de tudo isso, o que há acima dessa existência, qual sua origem, qual o seu fim. Olhando para si mesmo ou para a natureza, desde a Antiguidade, o homem busca respostas.
O ser humano não se contenta com a ignorância, com o desconhecimento, com a passividade. Através de sua razão foi capaz de sair das “cavernas” e organizar cidades, conhecer sua biologia (e a de outros inúmeros seres), descobrir os segredos do planeta e do universo, entrar na intangível psique, inventar tecnologias cada vez mais surpreendentes. E ainda assim, tudo isso para muitos homens não é o suficiente. Como diz o antigo rock nacional “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”... e mais. O homem não quer só o natural, sua alma deseja o sobrenatural.
A experiência religiosa vem preencher essa necessidade de auto-transcendência. A Revelação Divina vem em auxílio do homem que busca algo além dele mesmo e das realidades temporais, é um diálogo de amor. A Encarnação do Verbo é o extremo dessa comunicação divino-humana. Pela fé o homem encontra muitas respostas que sua razão não pode alcançar sozinha e, mais do que respostas, encontra um sentido mais profundo da realidade e da existência.
Obviamente o homem, como ser racional, não iria se eximir de raciocinar sobre nada, inclusive sobre o que crê. Faz parte do ser do homem racionalizar, ele tem necessidade de buscar compreender tudo o que o cerca, e isso não excluiria sua fé. Historicamente, a cultura humana vem elevando a razão ao cume do pensamento civilizatório. A religião, mais especificamente a cristã, acompanha esse movimento e pela teologia busca dar um tratamento científico e racional do que se crê, sem que para isso a fé como graça divina seja excluída na experiência religiosa e científica.
Tanto interna quanto externamente se faz necessário ao homem participante da Igreja racionalizar sua fé. Para os fiéis, a compreensão dos artigos da fé aumentam ainda mais essa fé. À medida que se compreende a adesão é mais consciente e a vivência é mais coerente, já que não se trata de uma obediência cega ao que os líderes religiosos orientam, sem reflexão, mas de um entendimento que quando é assimilado intelectualmente aquece o coração e movimenta para a ação, como no episódio dos discípulos de Emaús (Lc 2, 13-33). A falta de conhecimento, pelo contrário, leva ao afastamento do povo, conforme Oséias 4, 6: “Meu povo se perde por falta de conhecimento”.
Para os que não creem, um tratamento racional da fé da parte dos que creem é também necessário. São Paulo em Efésios 4, 18 afirma sobre os pagãos: “Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus”. O Catecismo da Igreja Católica evidencia esse ponto em seu parágrafo 39: “Ao defender a capacidade da razão humana para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também com os descrentes e os ateus.” São Pedro em sua 1ª Carta nos exorta a estarmos sempre prontos a responder a todo aquele que nos pedir a razão de nossa fé (1 Ped 3, 15).
Num nível pessoal de relacionamento místico com Deus, é preciso buscá-lo de todo coração, com toda a alma, com todas as forças (Dt 6, 5), o que obviamente inclui buscá-lo pela razão, pelo estudo, pela reflexão. Amá-lo de “todo pensamento” excede todos os holocaustos e sacrifícios (Mc 12, 33). Tudo obviamente embasado na fé: “Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus. (2 Cor 3, 5). Pois “sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro (1 Jo 5, 20).
Assim sendo, não se deve ter vergonha ou temor da necessidade de compreensão do que se crê, pelo contrário, assumindo a natureza humana racional busque-se o entendimento, a assimilação, o aprofundamento sobre a fé para se alcançar uma cada vez maior convicção, um assentimento cada vez mais comprometido, uma interlocução cada vez mais embasada com os que não creem.

Postado por Manuela Cabral Eirado

Nossa Senhora Aparecida





Nossa Senhora Aparecida, protetora e Guarda de Brasil... passe a frente de Nossos lideres políticos !


quinta-feira, 9 de julho de 2015

O Poder da Oração



Ouvimos muito dizer: "a oração tem poder!" Mas como podemos interpretar essa expressão? Como é que o ato, a ação de orar pode ter algum poder? Primeiro teríamos que meditar sobre o que é oração. 

Em Lucas 18, 1 Jesus diz que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. Orai sem cessar, exorta São Paulo aos Tessalonicenses (1Tes 5, 17). Orar é estar com Deus e com Ele dialogar. Diálogo implica em uma via de mão dupla: um fala e o outro ouve para que depois o que ouviu, possa falar e quem falou, possa ouvir. Orar não é apenas falar, falar e falar coisas variadas, mas antes conviver com Deus. 

Jesus dizia: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á. Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras” (Mt 6, 6-7). Orar é ter intimidade com o Senhor, dialogar, ouvir, falar, silenciar, entrar no quarto e fechar a porta, ESTAR com o Senhor, aos seus pés, como Maria, irmã de Marta e Lázaro(Lc 10, 38ss). Oração é comunhão com Deus.

Justamente por isso, a oração não deve se limitar ao momento que estamos na Igreja, no Grupo, na missa, no Terço... A Oração deve envolver nossa vida e nossa vida deve ser nutrida e movimentada pela oração. A oração tem que ter o poder de modificar nossa vida e cada contexto da nossa vida deve incitar em nós a oração.

A Oração tem poder, certamente, mas o poder da oração não está naquele que ora mas Naquele a quem se ora! Quem você acha que tem poder: você que está clamando ou o Senhor? Você que invoca o Nome do Senhor ou o Senhor cujo Nome está acima de todo nome nos céus, na terra e nos abismos (Fil 2, 9-10)? É Ele que tem poder, e não nossa falação, por mais amorosa e bem disposta que seja! Nossa fé deve estar 100% centrada Nele, e não em qualquer palavra ou atitude nossa; NELE! Em tudo o que Ele é, em tudo o que Ele pode fazer. Confiando cegamente que a Vontade e o agir Dele é a melhor coisa que poderia acontecer.

Muitas vezes esperamos que o "poder da oração" se manifeste na transformação da situação, objeto da nossa oração. Sim, é inegável que a situação se transforme, que Deus se compadeça e aja. Tem aquela musiquinha tão simples e tão cheia de sabedoria: "Tudo é possível se você crê em Deus... Fé move a mão de Deus!..." E aquela outra que gostamos tanto de cantar em nossos grupos de oração: "Com Jesus, tudo pode ser mudado pela força da oração!"... Mas precisamos saber que a maior transformação que ocorre quando uma oração é "de poder" mesmo é a transformação daquele que ora! Sim! Oração de poder mesmo, é a que muda você!!! 

Oração de poder, mesmo, não é aquela em que se realiza a minha Vontade, mas aquela que me une ao Dono da Vontade perfeita, a Vontade que clamamos no Pai Nosso: "Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu". Oração de poder mesmo é a de Davi (2 Samuel 11 - 12) que, tendo consciência que errou e sendo aletrado da correção de Deus, clamou, chorou, rezou, jejuou e recebeu um não como resposta. Mesmo assim se ergueu, aceitou a soberania de Deus em sua vida e se transformou. Oração de poder mesmo é a de Jesus no Horto das Oliveiras: "Não se faça a minha vontade, mas a Tua!" (Lc 22, 39-43). 

Precisamos entender que o que faz uma oração ser de poder não é o resultado visível dela, mas muito mais o que este contato com Deus realiza em nós e consequentemente em tudo ao nosso redor. Em João 15, 1-8 podemos ter a noção exata dessa ideia, o segredo do poder da oração: "permanecermos em Jesus". Poderemos até ser podados, mas se permanecermos Nele, a promessa é clara: pediremos tudo o que quisermos e será feito. Se permanecermos Nele, não pediremos nada contrário a Sua Vontade, a seiva do Espírito orará em nós pois não sabemos o que devemos pedir nem orar como convém (Rom 8, 26) e aí sim, veremos o que é poder de Deus. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Os Olhos de Deus são nossos olhos...



Deus nos deu a visão, é por ela que observamos o mundo ao nosso redor. É nossa visão que nos permite o privilégio de ver e distinguir as cores, de enxergar o mar e suas ondas, a florestas e os pássaros que nela habitam, as matas, as cachoeiras e os seus véus de águas descendo até o chão.

A nossa visão é quem mostra os vários tipos de animais do campo, as feras, os répteis, as aves e todas espécie de serpentes...
E como não fica vislumbrados e surpresos, ao mesmo tempo felizes os contemplativos que não se cansam de contemplar as flores, as rosas e árvores que se revestem de todas flores!

Deus criou toda beleza da natureza, mas criou também o ser humano com beleza, inteligência, sabedoria e liberdade. Mas o homem o desobedeceu e caiu em pecado... Olhou para o mundo com os olhos do mundo.

Cristo quer renová-lo, quer transformá-lo, quer que você veja o mundo com os olhos da pureza, da mansidão e da doçura. Através dos seu olhar o seu coração pode armazenar algo bom, ou algo mal. Depende de como você enxerga as coisas!

Que Cristo seja luz verdadeira e ilumine o seu caminho, a sua alma e o seu coração!
Fique com Deus!
PAZ E BEM!
Tarcísio Silva.

Deus não é seu Servo, Mais Senhor !



Os seus problemas são rotineiros e inevitáveis, não existem privilégios, nem quem seja maior ou melhor do que o outro e que fique libres de problemas e dificuldades.
O próprio Cristo sendo Deus teve que enfrentar muitas dificuldades, mas o interessante é que Ele sendo Deus não os evitou, e nem se desesperou. Foi paciente, cauteloso, manso e deixou que os fatos fossem acontecendo naturalmente.
O que acontece conosco, estamos sempre reclamando e desesperados. Não sabemos lidar com a doença, com o desemprego, com uma desunião familiar, com o divórcio e tantas outras tempestades.Somos fracos e impulsivos!

Achamos que Deus deve nos servir no nosso tempo, atender os nosso desejos e estar 24 horas disponível para atender os nossos caprichos. Na maioria das vezes nem nos damos conta que somos pecadores e que os nosso pecados nos impede de receber as graças de Deus caso Ele deseje nos ofertar graciosamente.

Somos imediatistas, na nossa mente criamos um "deus" propenso aos nossos medíocres desejos e sonhos. Como se Ele estivesse assinado um contrato conosco. 
Não irmãos, não devemos esquecer de que o próprio Jesus se entregou aos desejos do Pai e no Getsemani Ele passou pela agonia e mesmo assim não pediu para que fosse cumprida a sua vontade, mas a de Deus, Mt 26,42. No entanto, nós não sabemos lidar com a doença, com os nosso problemas e muitas vezes por fraqueza humana e pobreza espiritual até terminamos com depressão, e quem sabe, queremos dar fim a nossa própria vida.

Por outro lado, às vezes saímos por aí procurando adivinhos, curandeiros, falsas doutrinas, em busca de respostas para o que não é uma questão imediatista, mas exclusivamente dos desígnios de Deus. Não adianta insistir contra aquilo que Deus determina para a nossa vida.  O mais sensato é que nos entreguemos em suas mãos, e uma vez abandonados em suas mãos deixemos a doença e as nossas crise financeiras, conjugais, profissionais sob a sua sabedoria. Nada será realizado sem que ele nos permita.

Fique com Deus!
PAZ E BEM!!!
Tarcísio Silva.

Como Ser um Bom Cristão em 3 Passos


O que devo fazer para ser um bom cristão?

Em nossa caminhada na vida percebemos que precisamos muitas vezes que nos indiquem o melhor caminho a trilhar para chegarmos com segurança e sem perda de tempo a nossa meta. Em nossa vida com Cristo, quanto mais vamos nos aprofundando em nossa vivência de fé, mas almejamos saber claramente o que não fazer e, mas mais ainda, precisamos saber o que devemos fazer! Em especial quando somos mais jovens precisamos dessa orientação até que tenhamos mais maturidade para desfrutar a liberdade com que Deus nos agraciou. Dessa forma, queremos hoje sugerir três passos para sermos bons cristãos católicos.

O primeiro passo - Seguimento dos 10 mandamentos da Lei de Deus e dos 5 mandamentos da Igreja:

Neste trecho do Evangelho de Marcos o Senhor Jesus nos dá a receita:

"Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?" Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom. Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe." Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade." Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me." (Mc 10, 17-21)

E a Igreja também nos convoca a um compromisso com ela nos Mandamentos da Igreja, muito bem explicitados nesse texto do Professor Felipe Aquino:

Para vivermos os mandamentos de Deus e da Igreja, um bom cristão deve conhecer a própria religião. Estude bastante. Isto é indispensável... Não sabe que livros recorrer? Recomendamos começar pelo YouCat, o Catecismo Jovem da Igreja Católica ou o Catecismo da Igreja Católica. Você já tem os seus? É uma fonte excelente sobre doutrina católica! São bastante didáticos sem ser superficiais. Estamos ainda no ano da Fé e o papa emérito Bento XVI tinha recomendado o estudo do Catecismo por esta ocasião... Tanto o Catecismo quanto o YouCat tem ótimas explicações sobre os 10 mandamentos de Deus e os 5 da Igreja.

O segundo passo – A Oração:

“Quem não reza - salvo as crianças sem estarem na idade da razão - não se salva." É preciso rezar sempre e nunca descuidar" (Lc 18,1). Segundo a doutrina, a oração é o único meio de se conseguir os auxílios necessários à salvação.  Como diz Santo Afonso de Ligório, "quem não se serve dela - a oração - está perdido".

Mas o que é a Oração? A oração é uma elevação da alma a Deus, para adora-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir aquilo de que precisamos. A oração pode dividir-se em mental e vocal. Oração mental é a que se faz só com a alma; oração vocal a que se faz com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da devoção do coração.

O Que a Oração faz?
- Alimenta nossa alma;
- É o caminho ordinário para receber os dons de Deus;
- É um mandamento de Deus;
- É uma arma poderosa contra os inimigos;
- Faz-nos progredir na virtude;
- Torna as ações fecundas.

E quando devo rezar? Diz o Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã que, nós cristãos, devemos rezar especialmente nos perigos, nas tentações e no momento da morte; além disso, devemos rezar frequentemente, e é bom que o façamos pela manhã e à noite, e no princípio das ações importantes do dia.

Cada realidade é diferente uma da outra. Cada alma precisa especificamente de uma coisa ou outra, não podemos recomendar coisas muito específicas para cada necessidade particular... Mas uma coisa é certa que recomendamos: ESTUDO direcionado e ORAÇÃO. Delas, a mais excelente é a oração. É através do constante contato com Deus que a alma vai sendo guiada como uma criança pela mão da mãe. Tenhamos sempre em mente, seja mental ou vocal, para louvar ou pedir, ORAR É, mais do que fazer algo, ESTAR COM ALGUÉM, estar em contato, na presença de Nosso Deus.

As quartas partes tanto do YouCat quanto do Catecismo são sobre a ORAÇÃO. Neles podemos aprender sobre o tema, suas expressões, seus combates, a oração do Senhor (o Pai Nosso), etc. Mas para colocar em prática, poderíamos sugerir as “5 pedrinhas” recomendadas por Nossa Senhor em Medjugorje (http://queridosfilhos.org.br/mensagem-detalhe.php?id=11&As+cinco+pedrinhas)  ou o “Projeto Amigos de Deus” da RCC (que pode ser baixado nesse link:http://www.rccbrasil.org.br/download_listar.php?id_download=43).

3º passo - A ação: vida (testemunho) e evangelização

O Catecismo da Igreja Católica nos parágrafos 901 e 905 afirma que os leigos exercem sua missão profética (colocada em nós pelo Batismo) dessas duas formas: vivendo sua vida conforme o Cristo e sua mensagem e evangelizando pela participação na paróquia. Tentar realizar esses dois separadamente é simplesmente ilógico. Não se tem testemunho se não se anuncia. Não faz sentido anunciar se não se busca o testemunho.

Então, no dia-a-dia: CIC §901: “...Todas as suas atividades, orações, iniciativas apostólicas, a sua vida conjugal e familiar, o seu trabalho de cada dia, os seus lazeres do espírito e do corpo, se forem vividos no Espírito de Deus, e até as provações da vida se pacientemente suportadas, tudo se transforma em "sacrifício espiritual, agradável a Deus por Jesus Cristo" (1 Pe 2, 5). Na celebração eucarística, todas estas oblações se unem à do Corpo de Senhor, para serem piedosamente oferecidas ao Pai. É assim que os leigos, como adoradores que em toda a parte se comportam santamente, consagram a Deus o próprio mundo.

No apostolado: CIC §905: “Os leigos realizam a sua missão profética também pela evangelização, isto é, pelo anúncio de Cristo, concretizado no testemunho da vida e na palavra. Para os leigos, esta ação evangelizadora adquire um caráter específico e uma particular eficácia, por se realizar nas condições ordinárias da vida secular. Este apostolado não consiste só no testemunho da vida: o verdadeiro apóstolo procura todas as ocasiões de anunciar Cristo pela palavra, tanto aos não-crentes como aos fiéis." O §900 afirma que leigos tem tanto a obrigação quanto o direito de viver o Evangelho e anunciá-lo!

Assim, busquemos ser bons cristãos seguindo as orientações bíblicas e da Igreja, sempre na presença do Senhor em oração, procurando ao máximo anunciar a Palavra como Deus nos permitir em nossa comunidade dando testemunho do que pregamos!

(Autoria: Manuela Cabral Eirado, Danielle Duda, Ricardo Guerra)

Treinamento de Perdão

Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? (Mateus 18, 21)

Na mesma quantidade de vezes que Deus nos perdoa nossas imperfeições, deslizes e fraquezas, devemos perdoar as pessoas que Ele colocou na nossa vida. Simples assim. É fácil? Obviamente não. Como é difícil passar o dia inteiro perdoando um filho que só apronta, a semana inteira perdoando a agressividade das pessoas no trânsito, o mês inteiro perdoando o patrão exigente, o ano inteiro perdoando os alunos bagunceiros, a vida toda perdoando uma esposa “reclamona”!...

Precisamos aproveitar pequenos desentendimentos e irritações cotidianas como um treinamento de perdão pois virão ocasiões que teremos que liberar grandes perdões e aí, como faremos? Se não conseguimos perdoar o pouco, como perdoaremos o muito? E Deus espera isso de nós, já que Ele vive nos perdoando nossos "poucos" diariamente, e aqueles "muitos" com os quais já o ofendemos e entristecemos tanto em certas ocasiões em nossas vidas.

Não devemos superestimar os desgostos que temos na convivência com os outros, mas sim perceber que, quando somos contrariados em nossas opiniões e vontades, quando nos sentimos desrespeitados ou mesmo feridos, é uma ocasião que Deus nos dá para nos superarmos em paciência e caridade, uma ocasião para sermos “superiores”! Não superiores no sentido de “estar por cima da carne seca”, muito pelo contrário. No Reino de Jesus estar por cima, muitas vezes significa estar por baixo: “Os humilhados serão exaltados” (Lucas 18, 14).

Esforcemo-nos para perdoar diariamente, de coração, sem guardar rancor, sem achar que que somos bons demais para sermos ofendidos, que é algum crime hediondo discordar da nossa sublime opinião, que é inadmissível que as coisas não aconteçam estritamente segundo nossos planos e vontades! Esforcemo-nos para nos auto-conhecer com humildade e verdade e assim, nos conscientizarmos que nós não somos “essa coca-cola toda”, nem somos assim “uma Brastemp”, que definitivamente não somos “o último biscoito do pacote”! Somos todos feitos da mesma farofa! Somos tão imperfeitos quantos os outros! Também precisamos da paciência dos outros, também magoamos, também falhamos... Também estamos na dependência do perdão do próximo e de Deus!

Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, Deus aí está fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. (João 1, 8-9)

Amemos e perdoemos, simplesmente por que precisamos ser amados e perdoados. Encaremos o perdão como um treinamento intensivo de amor! Permitamos que o Senhor seja esse personal "perdoador" para nós: ouçamos suas súplicas em nossos corações nos incentivando a compreender, a relevar, a esquecer, a "deixar quieto"... Que o sopro do Seu Espírito nos fortaleça a aguentar firme o tranco dos irmãos quando eles não estiverem no seu melhor... Que o exemplo de Maria nos inspire seu sábio silêncio, a viver as injustiças na paz da presença de Deus, a guardar os acontecimentos no coração meditando-os, sem raiva, mas com amor... 

Exercitemos o perdão como quem vai para a academia: várias vezes, várias séries, sempre aumentando a velocidade, a intensidade, a carga, para então com o tempo, podermos ver os resultados dos nossos esforços em nosso caráter, em nossa personalidade! Todo treinamento visa a melhora, a superação, o ir além. O Catecismo da Igreja Católica (§2843) considera que o perdão é o amor que ama até o extremo do amor! Não se trata de simplesmente aceitar tudo sem diálogo, sem correção fraterna, mas em encarar tudo com mais amor e menos razão! Não se trata também de engolir sapo mas ficar remoendo por dentro, mas em mudar a ferida em compaixão e purificar a memória, transformando a ofensa em intercessão" (CIC, §2843). Isso só vira realidade se 'treinarmos', se exercitarmos, se fizermos na prática, 70 vezes 7 vezes...

E quando ficar difícil, quando os pequenos perdões se tornarem grandes perdões que a vida nos exigir, nunca nos esqueçamos que esta não é uma atitude que precisamos realizar sozinhos! Clamemos a graça e a ajuda de Deus SEMPRE, na oração!

“Ajuda-me a amar e perdoar, Senhor, na mesma medida da minha própria necessidade de ser amada e perdoada! Ajuda-me a me conhecer para que eu não me ache a dona da razão, para que eu perceba o quanto as pessoas também precisam ser pacientes comigo! Que pela sua graça, tudo aquilo que as pessoas me fazem de mal não tenha tanto impacto sobre mim, mas que seja maior o impacto da Sua graça no meu coração me ajudando a compreender mais, aceitar mais, aguentar mais, por amor! Que a pretensão de estar sempre certa não supere o carinho que tenho pelas pessoas; que a mania de controlar tudo nunca supere a ternura nas minhas relações; que a cegueira da irritação momentânea não comprometa o amor que me liga aos que o Senhor colocou no meu caminho... Por Jesus, em Maria, amém!

Terço da Batalha


Muitas vezes nos vemos em verdadeiras guerras em nossa vida. São perseguições, doenças, brigas, problemas na justiça, problemas financeiros, problemas na família, problemas, problemas, problemas para todos os lados! Sentimo-nos batalhando, lutando, nos cansamos, nos abatemos e nossa fé se abala. Tememos a derrota, o fracasso, nos sentimos fracos... Não podemos perder de vista que nossa guerra não é contra homem nenhum, nem contra carne, nem contra o sangue, pelo contrário, a Palavra de Deus não deixa dúvidas sobre contra quem estamos batalhando em Efésios 6, 12: contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Essa guerra já foi ganha!!! Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? (1Jo 5,5) Estamos do lado vencedor se estamos no exército de Cristo! Não podemos ter dúvidas quanto a isso! Somos mais que vencedores pela virtude de Cristo! (Rm 8, 37) Ora, Aquele que venceu o pecado, que venceu Satanás, que venceu até a morte, vai perder mais o quê? Vai fracassar em quê? Creia! Confie! Ele tem lutado suas batalhas e o SEU AMOR VENCERÁ! Busque a Deus e combata na ORAÇÃO! 

TERÇO DA BATALHA
Creio/ Pai-Nosso/ 3 Ave Marias
CONTAS GRANDES: Deus do céu, me dê forças. Jesus Cristo me dê coragem para esta luta eu hei de vencer. Sem morrer, sem enlouquecer, sem muito me abater. Deus pode, Deus quer. Esta batalha eu hei de vencer.

CONTAS PEQUENAS: Eu hei de vencer, Jesus Cristo me ama e me resgata com seu poder.

FINAL: (repetir 3X com a mão batendo com confiança sobre o peito): A vitória é nossa pelo sangue de Jesus!



SALVE RAINHA.

De Jesus para você


Eu escrevo da minha cruz à sua solidão. A você, que tantas vezes olhou para mim sem me ver e me ouviu sem me escutar. A você, que tantas vezes prometeu me seguir de perto e, sem saber por quê, se distanciou das pegadas que lhe deixei no mundo para que você não se perdesse.

A você, que nem sempre acredita que estou ao seu lado, que me procura sem me achar e às vezes perde a esperança em me encontrar. A você, que de vez em quando pensa que eu sou apenas uma lembrança e não compreende que estou vivo.

Eu sou o começo e o fim; sou o caminho para você não se desviar, a verdade para que você não erre, e a vida para que você não morra. Meu tema favorito é o

amor, que foi minha razão para viver e para morrer.

Eu fui livre até o fim; tive um ideal claro e o defendi com o meu sangue para salvar você. Fui mestre e servidor, sou sensível à amizade e há muito tempo espero pela sua.

Ninguém como eu conhece sua alma, seus pensamentos, seu proceder, e sei muito bem quão grande é o seu valor. Sei que talvez sua vida pareça pobre aos olhos do mundo, mas sei também que você tem muito para dar, e tenho certeza de que, dentro do seu coração, há um tesouro escondido: conheça-se e então você reservará um lugar para mim.

Se você soubesse quanto tempo faz que bato à porta do seu coração e não recebo resposta! Às vezes sofro quando você me ignora e me condena, como Pilatos; também sofro quando você me nega, como Pedro; e quando me trai, como Judas.

Hoje, eu lhe peço que se una à minha dor, que carregue sua pequena cruz junto à minha. Peço-lhe paciência com relação aos seus inimigos, amor ao seu cônjuge, responsabilidade com seus filhos, tolerância com os idosos, compreensão com seus irmãos, compaixão pelo que sofre, serviço com todos, assim como eu vivi e lhe ensinei.

Eu não gostaria de voltar a vê-lo egoísta, rebelde, inconformado, pessimista. Gostaria que sua vida fosse alegre, sempre jovem e cristã. Cada vez que você desanimar, procure-me e me encontrará; cada vez que você se sentir cansado, converse comigo, conte-me seus problemas.

Cada vez que você achar que não serve para nada, não se deprima, não se ache inferior, não se esqueça de que precisarei da sua pequenez para entrar na alma do seu próximo.

Cada vez que você se sentir sozinho na estrada, não se esqueça de que estou com você. Não se canse de me pedir, que eu não me cansarei de lhe dar; não se canse de me seguir, que eu não me cansarei de acompanhar você.

Nunca o deixarei sozinho.

Catecismo da Igreja Católica


O Perdão


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